A GRANDE MUDANÇA
Excertos das canalizações de Tom Keyon com os Hathores

 

Capítulo catorze ))) OS HÓLONS

O HÓLON DA IMUNIDADE

Ele [o hólon da imunidade] parece mais absorvido pela nossa consciência quando estamos dormindo e o aspecto mental está de certo modo suspenso? Se parece, até que ponto ele é mais eficaz durante o sono?

Nós diríamos que, em termos de passividade, ser receptor de um som durante o sono é provavelmente um nível superior a ouvir um som em estado de vigília. No entanto, esse é um nível de recepção inferior.

Nosso entendimento e nossos métodos envolvem uma cocriação consciente entre o receptor e os sons. Em outras palavras, é o foco de sua atenção mental nas vibrações do som que cria a maior transformação. Com certeza, numa pequena minoria de pessoas, seus próprios problemas pessoais intervêm, por assim dizer. Suas distorções, seus conflitos egóicos, podem impedir que elas se sintonizem com o som quando se encontram em estado consciente de percepção. Para tais indivíduos, ouvir enquanto adormecem é um método eficiente, mas, em termos gerais, assumir a responsabilidade pela cocriação é algo muito superior e leva a um nível mais elevado de maestria. A concentração do foco mental – a atenção plena – na textura e pulsação do som cria efeitos em cascata através de muitos níveis de seu ser. Esse é o modo superior de ouvir todos os tipos de som usados com o propósito de curar.

No contexto de ouvir conscientemente e de cocriar – que dizer, quando você ouve um som com total atenção -, ocorrem muitos fenômenos. Um deles tem a ver com a sintonização das frequências sonoras com locais específicos do corpo físico ou do campo energético. Se você estiver com a atenção consciente voltada para o som, poderá perceber sua ressonância em seu corpo ou campo energético. Se isso ocorrer, coloque a atenção na pulsação de seu corpo ou campo energético, como também no som. Essa é uma maneira extremamente estimulante de ouvir.

Muitos estados de consciência surgem quando você ouve conscientemente, inclusive, e paradoxalmente, estados de aparente inconsciência profunda. É como se você estivesse ouvindo e, de repente, se ausentasse. Nenhuma percepção do som. Nenhuma percepção de si mesmo. Pode haver a sensação de ter ido para algum lugar, mas sem nenhuma idéia de para onde, ou pode ser simplesmente um período de “apagão”, em que a pessoa num profundo estado de inconsciência, mas não está dormindo. Existem várias razões para isso. Às vezes, as pessoas passam para outro domínio ou esfera de seu ser e, ao fazerem isso, elas entram num estado de semi-consciência. Isso ocorre porque elas não têm uma ponte, por assim dizer, de sua percepção consciente para outras dimensões delas mesmas. E, assim, as vibrações do som podem gerar uma resposta no indivíduo que o leva a viajar para essas outras esferas de si mesmo, sem nenhuma consciência do que está fazendo. Quando a pessoa retorna para a percepção do corpo e do som, ela se dá conta de que esteve inconsciente.

Outras vezes o som torna muito baixa ou lenta a atividade das ondas cerebrais, estado que os cientistas humanos chamam de delta. Esse é o estado do sono. Quando o indivíduo responde ao som, se o som o leva para dentro, quer dizer, para os seus mundos interiores de percepção, ocorre um aumento da atividade cerebral limiar que os cientistas humanos chamam de teta. É nesse estado que ocorrem os sonhos, as visões e as imagens transformadoras e, quando o indivíduo desce para esse estado teta, ele se encontra no limiar do estado delta, ou do sono. Em alguns indivíduos, por tanto, o som os leva para dentro e parte desse processo os leva ao estado de inconsciência. Diríamos que esse tipo de inconsciência é um estado cujo processo ocorre no interior do próprio sistema nervoso do indivíduo, sem nenhum trânsito ou passagem para outras esferas do ser. Existem, portanto, muitos estados e fenômenos que surgem em resposta ao som, especialmente quando ouvido conscientemente.

Há um tempo que eu venho pensando sobre som e gravidez. Quando uma criança nasce, ela perde tanto de seu aspecto interdimensional que eu fico me perguntando se o som poderia de alguma maneira ajudar a reduzir essa perda. Eu sei que, quando uma criança nasce, ela continua totalmente conectada com o divino e que essa conexão vai aos poucos desaparecendo no nível consciente.

No último trimestre da gestação, o feto recebe claramente vibrações do som através dos canais auditivos de seu cérebro e sistema nervoso. Antes disso, os canais auditivos não são suficientemente sofisticados para discernir inteiramente diferenças sutis. No entanto, o campo energético do feto em desenvolvimento é altamente capaz de responder ao som e às vibrações, como também às emoções. E poderíamos acrescentar, especificamente ao estado emocional da mãe. O campo energético do adulto é altamente receptivo às vibrações do som, mas em termos gerais, os campos energéticos das crianças são mais permeáveis, menos estruturados e menos rígidos.

De acordo com o nosso entendimento, a razão por que uma criança perde o contato com o divino, como você disse (ou, como nós diríamos, com seus aspectos interdimensionais), deve-se não tanto à falta de suporte durante a gestação, mas antes ao processo de aculturação. Durante a gestação, a criança encontra-se nos domínios da mãe. Ela é como uma deusa para o pequeno embrião em desenvolvimento, e ele flutua, por assim dizer, no grande mar uterino e seu mundo é circundado pelo mundo da mãe. Portanto, as respostas emocionais da mãe, bem como seus pensamentos, causam um profundo impacto e constituem um aspecto global da realidade do embrião.

Ao nascer, no entanto, a criança deixa o ambiente da mãe para entrar subitamente no ambiente do mundo, onde seu campo energético altamente permeável sofre profundas impressões e marcas do que encontra ali. As crianças têm naturalmente o coração aberto, mas no processo de disputa com a cultura de hoje, elas aprendem a fechá-lo ou a se dissociar dele. Portanto, a perda do contato com seu aspecto interdimensional é um fenômeno cultural.

Quando nossos filhos nascem para nós, nós nos reunimos logo após o nascimento e entoamos o que chamamos de Canção do Destino Supremo. Fazemos isso com a intenção de remover os obstáculos do seu caminho, enviando as vibrações sonoras de nossas vozes ao longo da linha do tempo de sua existência. Achamos isso estremamente estimulante e fortalecedor e, em retrospectiva, eficaz como meio de ajudar a criança a entrar em nosso mundo.

O que recomendamos em benefício da criança é que, antes de seu nascimento, a mãe, e também se possível o pai, cante para o embrião em desenvolvimento. Eis algumas sugestões de como fazer isso. Em primeiro lugar, deve ser uma cantiga de ninar que venha do coração da mãe ou do pai. Tudo o que precisa ser feito é estabelecer contato com os legítimos sentimentos de estima pela criança. Se você não tem nenhuma estima verdadeira por essa criança, sugerimos que não cante para ela, pois resultaria numa mensagem contraditória entre a sua realidade e o que está tentando passar com a cantiga. Cantar para a criança a partir do momento em que é concebida é algo que tem um efeito positivo, se feito dessa maneira.

Para quem estiver realmente interessado, há um outro elemento que se pode acrescentar. Essa é uma forma mais sutil de usar a intenção e o pensamento. Ao cantar para a criança uma cantiga que expresse sua estima vinda do fundo do coração, a mãe ou o pai concentra-se no pensamento ou na crença de que os sons que está emitindo chegam ao aspecto divino ou interdimensional da criança e abrem o seu caminho para o futuro. Essa é uma forma avançada de comunicação e, se você se sente capaz de colocá-la em prática, saberá como fazê-lo a partir de nossa breve descrição. Se você duvida do que estamos dizendo, não se preocupe. Simplesmente cante para a criança uma cantiga de ninar que expresse a estima que vem do fundo do seu coração.

Seria uma bênção maravilhosa para este mundo se todas as crianças chegassem à Terra dessa maneira.

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