~ por Trigueirinho (discurso de 05/01/2011)

“No Princípio era O Verbo”, no Princípio era O Som. E isto sugerindo que a gente vá buscar o que é o Som, vá compreender e viver o que é o Som. Pra nós o Som é música. O Som é mais que isto. O Som é parte da Criação. Pra nós o Som foi o Princípio da Criação, O Verbo. E nós teriamos que buscar um pouco internamente para chegar nisto, e para começarmos a usar o Som. Pra nós usarmos o Som é muito simples: cada palavra que a gente pronuncia estamos usando um Som. E aí se nós aprendemos a usar o Som com a Palavra, isto é, os Sons que emitimos devem ser de uma certa qualidade, de um certo nível, se o nosso uso natural do som… o que adianta você saber tocar um violino, uma flauta, um piano, se você não sabe falar? Se você não sabe usar o Som, isto que está atrás das coisas que você fala? Então nós temos muito o que aprender. E essas frases são muito antigas…

E outra pessoa perguntou “porque os pássaros cantam?” O canto é o Verbo dos pássaros. Vocês ouvem os pássaros cantar? Será que nós falamos da mesma forma que os pássaros cantam? Por que será que os pássaros cantam? Pra quem que eles estão cantando? O que significa aquele Som? Os pássaros cantam. E nós, pra que falamos? Pra que cantamos? Qual é a diferença da qualidade do Som de um pássaro e do nosso Som? Já pensaram nisso? O pássaro canta por que canta, por que o pássaro não tem mente que pensa, isso nós sabemos. Ele canta. Ele preenche com o canto. Canta por que canta. E nós? Falamos para quê? O que quer dizer os Sons que nós emitimos?

“E os mantras?” O principal dos mantras é a sua intenção quando se está fazendo os mantras. É isso que cria o trabalho com os mantras. Os mantras em si tem um grande potencial, criador inclusive. Mas você ali entra com a sua intenção. O que você está fazendo enquanto canta o mantra? Pra quê você canta o mantra? É a sua intenção que dá aquela Vida, que coloca o mantra na direção em que está sendo necessário ele funcionar.”

“[Um outro meio que existe para nos sintonizarmos com as Hierarquias Divinas] é a nossa Gratidão diante da Natureza. Nós não sabemos o que é a Natureza, temos definições de Natureza, mas não sei se sabemos o que é a Natureza. Por que para saber o que é Natureza precisa que a amemos e que nós nos comuniquemos com Ela. Aí vamos conhecendo a Natureza, na medida em que nos comunicamos com Ela. E se nós observamos a Natureza pode ser que natualmente a gente se ponha grato. Gratidão pela Natureza. Isso é um dos meios de nós sintonizarmos com a Hierarquia Divina. Porque a Natureza tem um papel no Cosmos. A Natureza tem um papel. A Natureza cumpre o seu papel nos Planetas. E nós, o que fazemos na Natureza? Como tratamos a Natureza? Será que observamos a Natureza? Porque se observarmos a Natureza nós vamos aprender, entre outras coisas, Ritmos, coisas que nós não temos muito… a Natureza tem Ritmos, além de Beleza. Então o nosso relacionamento com gratidão com a Natureza é uma forma de nós nos sintonizarmos com a Hierarquia.”

“O animal também passa por um processo. E todo processo pelo qual ele passa essa experiência ele leva para dentro da Vida Animal. E a Vida Animal vai ficando mais experiente, mais amadurecida, através da experiência de cada animal. (…)

“Se nós não podemos matar os animais pra comer por que os animais sentem, e as plantas, não sentem?” Os vegetais sentem, mas não compreendem. Eles sentem o corte, mas eles não tem a compreensão disto. E a alma vegetal sabe que está aqui para servir ao homem. Então se você corta uma planta para se alimentar dela, ela sente o corte e nada mais. O animal passa pelo terror de que vai ser morto antes de você chegar lá pra matá-lo, ele já sabe. E já começa a se auto-envenenar com todo aquele medo, aquele terror. E sabe que está sendo assassinado. É o terror de quem vai pra morte e não sabe pra onde vai. Um terror instintivo. De forma que nós, quando comemos produtos animais, nós não temos idéia do que estão ingerindo, em matéria de toxinas do terror, do medo… Então, é muito diferente você cortar uma planta pra você se alimentar dela e você assassinar um animal. É muito diferente. A planta está aqui também pra isso, e ela não está compreendendo coisa alguma, ela está cumprindo o serviço dela. O animal está com a noção de que vai ser assassinado. Imagina as toxinas que ele despeja na própria carne, e depois nós vamos comer a carne. E é por isso que temos medo de tudo! Às vezes não temos nem razão pra termos medo, e temos medo. O medo está nas nossas células. Claro, você come coisas intoxicadas de terror! Então esta é a diferença.”

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